Boa noite pessoal!
Para o post de hoje eu
trouxe o livro “Os Homens que não amavam as Mulheres”, primeiro da trilogia
Millenium escrita pelo sueco Stieg Larsson.
Essa história vai introduzir os personagens principais para os outros dois livros da série através de um mistério a ser resolvido, o desaparecimento da jovem Harriet Vanger, há quase quarenta anos.
Com dinheiro suficiente
mas nenhuma resposta, o tio da vítima e grande empresário Henrik Vanger, vai
buscar alguém que ele julga ser capaz de descobrir a verdade. O jornalista
Mikael Blomkvist, processado e à beira da prisão por conta de uma reportagem em
que denunciava o também empresário Hans-Erik Wennerstrom por desvio de dinheiro
destinado aos fundos sociais, é a pessoa perfeita para solucionar o caso. Além
de grande investigador, resultado das várias matérias-denúncia que já publicou,
Blomkvist precisa do que Henrik tem a oferecer: provas que podem comprovar sua
inocência.
Morando em um chalé
emprestado pelo velho Vanger sob a desculpa de ser seu biógrafo, o
Super-Blomkvist, como é apelidado pela mídia, trabalha incessantemente sobre
caixas de documentos e fotos, resultados de investigações antigas e malsucedidas,
além de ter carta-branca para entrevistar toda a família Vanger em busca de
evidências desprezadas ou nunca encontradas.
É nesse ponto que Mikael
recebe ajuda da hacker Lisbeth Salander, uma mulher marcada por um passado
bastante sofrido. Muito esperta e desconfiada, Lisbeth é quem vai identificar
as pontas soltas nesse mistério e uni-las, encontrando quase todas as respostas
para o desaparecimento de Harriet.
Ao longo da história novos
pontos são descobertos e novos personagens são delineados, como a prima Anita,
e o pai de Harriet, Gottfried Vanger, um homem bastante violento e que acabou
influenciando nos modos do filho Martin, presidente do grupo Vanger, solteiro e
bastante reservado. Além disso, o livro é repleto de histórias paralelas que
parecem independentes, ainda que todas elas sejam fortes contribuições ao
enredo, formando o panorama geral da narrativa.
Desde os assassinatos
brutais de mulheres e o desaparecimento de jovens estrangeiras, até o processo
e iminente falência da revista Millenium, produto da sociedade entre Blomkvist
e Erika Berger e a luta entre Lisbeth e seu tutor legal Nils Bjurman, todos os
pontos têm uma contribuição e acabam influenciando no resultado final.
Embora esse livro não
deixe nenhum ponto a ser explorado no próximo livro, “A menina que brincava com
fogo”, os três livros juntos formam uma única história que será compreendida
somente no terceiro livro, quando todas as peças do quebra-cabeças se unem
revelando o “grand-finale”.
Escrita de maneira primorosa,
“Os Homens que não Amavam as Mulheres” é leitura obrigatória para quem gosta do
gênero policial. Dentro do possível, já que há ainda mais dois livros que
complementam a trilogia, o autor não deixa nenhuma ponta solta, além de trazer
uma história riquíssima em detalhes e intrigante do início ao fim.
E para quem já leu ou
prefere assistir ao filme, existem duas adaptações para o cinema desse livro: a
versão americana, com Daniel Craig e Roney Mara, e a versão sueca. Como já
assisti as duas versões, recomendo o filme sueco por conta da fidelidade ao
livro ser muito maior, inclusive, eles trazem uma Lisbeth Salander muito mais
ácida e agressiva, duas de suas características principais, em comparação ao
filme americano.
Até o próximo post!